ATLETISMO
O Atletismo é uma modalidade desportiva constituída por muitas especialidades, englobadas em corridas, saltos e lançamentos:
CORRIDAS - Planas, barreiras, estafetas, obstáculos (3000m) e estrada (maratona).
SALTOS - Comprimento, altura, triplo e à vara.
LANÇAMENTOS - Peso, martelo, disco e dardo.
CORRIDA DE VELOCIDADE
A corrida de velocidade, na distância de 60 m, 80 m ou de 100 m, é caracterizada pela:
- curta duração;
- intensidade máxima.
Por isso, é importante, nesta actividade desportiva:
- reagir rápido na partida;
- correr rápido;
- manter a velocidade da corrida.
Regras da corrida:
- Do princípio ao fim da corrida, o concorrente tem de correr dentro dos limites do seu corredor, caso contrário é desclassificado.
- Na posição de "aos seus lugares", em cinco apoios, os dedos não podem calcar ou transpor a linha de partida.
- Se um concorrente levantar a mão ou o pé das marcas, depois da voz de "prontos", fará falsa partida.
- Sempre que um concorrente abandone o seu lugar antes de ser dado o sinal de partida (tiro), faz falsa partida.
- O atleta que fizer falsa partida será desclassificado.
- Cada concorrente deve ter o número de inscrição colocado nas costas.
Partida ou saída:
A partida pode e deve ser treinada, por ser um factor decisivo; uma boa saída pode proporcionar o comando de uma prova, o que constitui, em muitos casos, uma vantagem importante.
Depois da colocação dos blocos de partida deves:
- estar de pé, atrás dos blocos de partida e esperar que o juiz diga: "aos seus lugares";
- à ordem de "prontos", colocar-te na posição de quatro apoios, elevando o joelho da perna de trás;
- ao sinal de partida ("tiro"), reagir rapidamente;
- realizar a primeira impulsão com a perna de trás e, logo de seguida, com maior duração, a perna da frente, pela projecção do corpo;
- ter uma acção vigorosa e coordenada dos braços com as pernas.
Desenvolvimento da corrida:
Depois da fase de aceleração, o atleta deixa de inclinar o tronco à frente e vai-se aproximando progressivamente da posição normal da corrida. Simultaneamente, deve-se ir aumentando gradualmente a passada da corrida.
Na técnica de corrida deves:
- realizar o contacto dos pés pela parte anterior, de forma elástica;
- colocar o calcanhar da perna livre perto das nádegas e a perna flectida na direcção da corrida;
- movimentar os braços flectidos, com o olhar dirigido sempre para a frente.
Linha de chegada ("meta"):
A chegada numa corrida de velocidade é muito importante. Acontece que hoje os concorrentes chegam quase ao mesmo tempo à linha de chegada e, por isso, existe a necessidade de ser rápido e ultrapassá-la. Deve-se inclinar o tronco e a cabeça à frente ou avançar o ombro oposto à perna da frente e oscilar os braços à retaguarda.
CORRIDA DE ESTAFETAS
A corrida de estafetas, nas distâncias 4 x 60, 4 x 80 m ou 4 x 100 m, é considerada uma corrida:
- de velocidade por equipas, constituída por 4 elementos;
- com percursos iguais, transportando o testemunho durante toda a prova;
- com transmissão do testemunho dentro da zona de transmissão (20 m).
Por isso, é essencial nesta actividade desportiva:
- correr rápido;
- transmitir e receber o testemunho dentro da zona de transmissão;
- aliar o esforço individual ao colectivo.
Regras:
- O atleta que fizer falsa partida será desclassificado (desclassificação da equipa).
- O testemunho só pode ser passado na zona de transmissão, pois só aqui é que este é tomado em consideração.
- Não é permitido atirar o testemunho.
- Sempre que o testemunho cair, o último a transportá-lo é quem o deverá apanhar.
- Não é permitido sair da pista sorteada durante todo o percurso. Depois da transmissão do testemunho, o atleta deve permanecer no seu corredor e só poderá abandoná-lo quando não prejudicar os outros concorrentes.
- Não é permitido a um atleta realizar dois percursos.
Partida ou saída:
Na corrida de estafetas, os atletas têm partidas diferentes. Assim, o primeiro atleta da equipa realiza a partida baixa e os restantes a partida alta, de pé.
Transmissão do testemunho:
Assim, o receptor deve:
• Ter sinais de referência sobre o seu corredor solo-pista:
- um para iniciar a inclinação do tronco;
- outro para "arrancar" para a corrida lançada.
Contudo, dependem da sua aceleração e da velocidade do transmissor.
• Após a corrida lançada e no momento da passagem do testemunho, olhar para a frente, para não perder tempo, e colocar a palma da mão para baixo, com o braço estendido e o polegar afastado do indicador.
O transmissor deve:
- dizer "vai", aquando da "arrancada" do receptor;
- executar um movimento de baixo para cima para entregar o testemunho ao receptor;
- realizar a transmissão do testemunho a uma distância curta do receptor e quando este já vai à sua maior velocidade possível de uma partida lançada, dentro da zona de transmissão de imediato, este deve mudá-lo de mão.
É aconselhável o tipo de passagem do testemunho pelo método ascendente.
Linha de chegada ("meta"):
Acontece que, hoje em dia, os concorrentes chegam à linha de chegada quase todos em simultâneo, daí a necessidade de ser rápido a ultrapassá-la, utilizando a mesma técnica da chegada da corrida de velocidade.
CORRIDA DE BARREIRAS
A corrida de barreiras, na distância de 60 m, de 80 m ou de 100 m, é considerada uma corrida:
- de velocidade com obstáculos, os quais são passados com segurança e rapidez;
- com passadas regulares e sem diminuição de ritmo.
Por isso, é essencial, nesta actividade desportiva:
- ter força de vontade e coragem;
- executar com rapidez e coordenação a passagem das barreiras;
- dosear o esforço e o ritmo da corrida.
Regras:
1 - o atleta tem de manter-se no seu corredor, durante todo o percurso.
2 - O atleta que fizer falsa partida será desclassificado.
3 - Não se pode passar nem a perna nem o pé pelo exterior da barreira.
4 – O atleta não pode derrubar as barreiras de forma intencional.
5 - Não é permitido prejudicar o adversário, especialmente no momento da passagem da barreira.
Da partida à primeira barreira:
Numa corrida de barreiras, o ritmo, nesta fase, é importante, pela sua influência em toda a corrida. Sendo uma distância fixa, o praticante deve adaptar-se e dosear o seu esforço para encontrar o local de ataque ao obstáculo.
Passagem das barreiras:
Na corrida de barreiras, a transposição é importante; quanto menor for a distância a percorrer maior será a altura das barreiras e menor a distância entre elas.
Na passagem das barreiras deves:
- apoiar o pé de impulsão no eixo da corrida e, ao mesmo tempo, a outra perna flectida efectua o ataque à barreira para a frente e para cima;
- inclinar o tronco, para ficar no prolongamento da perna de impulsão; a cintura e os ombros devem estar no sentido da corrida;
- flectir o tronco sobre a perna de ataque, com a ajuda do braço oposto daquela;
- passar a barreira com a perna de ataque semiflectida para a frente e para baixo e a perna de impulsão flectida lateralmente;
- de seguida, alongar para a frente e para baixo a perna de ataque e realizar o "golpe de tesoura" com a perna de impulsão, elevada e flectida lateralmente, baixando-a para prosseguir a corrida;
- fazer a recepção com a parte anterior do pé e com a cintura à frente do pé de apoio.
Corrida entre barreiras:
O número de apoios deve permitir a passagem das barreiras, sem alterar o ritmo e com uma regularidade precisa. A técnica mais utilizada é a de quatro apoios (três passadas). Os apoios devem ser rápidos e breves, com pouca circulação dos pés, e alinhados no eixo da corrida.
Da última barreira à linha de chegada:
Esta distância deve ser percorrida com as primeiras passadas ligeiramente curtas ("arrancada"), que serão aumentadas progressivamente até à meta, utilizando a mesma técnica de chegada da corrida de velocidade.
SALTO EM ALTURA
A evolução do salto em altura deve-se, principalmente, ao facto de, em 1932, a impulsão ou chamada passar a ser feita apenas com uma perna. A técnica de transposição da fasquia é escolhida pelos concorrentes. Em 1936, nos Jogos Olímpicos de Berlim, o americano Albritton surgiu com a técnica do rolamento ventral, conseguindo ganhar a medalha de prata.
Em 1968, nos Jogos Olímpicos do México, com o avanço tecnológico no fabrico de material desportivo, nomeadamente o colchão, para um bom amortecimento da queda, e a mobilidade da fasquia, passou a usar-se a técnica de costas, praticada pela primeira vez pelo norte-americano Dick Fosbury, que obteve a medalha de ouro nesses jogos.
Identificação:
O salto em altura é considerado uma sucessão de movimentos coordenados para conseguir:
- fazer um salto, chamada a um pé;
- ultrapassar a fasquia o mais alto possível.
Por isso, nesta actividade desportiva é importante:
- a força de impulsão;
- a flexibilidade;
- a capacidade de reacção.
Regras:
- O colchão de recepção é rectangular de 5 m x 4 m, no mínimo. A fasquia deve ter um comprimento entre 3,64 m e 4,00 m. A pista de balanço é de 15 m a 18 m. A medição deve ser feita na parte superior da fasquia, ao centro, e nas extremidades.
- Qualquer concorrente é eliminado depois de três derrubes consecutivos.
Para realizar uma tentativa tem o tempo máximo de 1 minuto e 30 segundos.
- Em caso de empate, classifica-se em primeiro lugar aquele que conseguir ultrapassar a fasquia com um menor número de tentativas ou, no caso de ainda persistir o empate, o que efectuou menor número de tentativas na última marca transposta.
- Os concorrentes têm de fazer a chamada com um só pé.
- Uma tentativa é considerada falhada ou nula quando toca no colchão para além do plano dos postes ou derruba a fasquia.
Técnica de fosbury-flop:
O atleta deve efectuar:
a) A corrida de balanço, nas três ou quatro últimas passadas, trajectória curva e preparação para a chamada.
b) A chamada ou impulsão, colocando o pé de impulso com rapidez, à distância de dois pés da fasquia, apoiado totalmente no solo e "travagem", para fornecer velocidade de impulsão; a perna de ataque deve estar flectida e o corpo deve formar uma linha vertical, desde o ombro ao pé, na posição de impulsão para o salto.
c) O voo ou fase aérea, descontracção do corpo, projectando-o para a frente e para cima, com rotação interna da perna de ataque flectida, para facilitar a extensão da cintura e, de seguida, a formação do "arco" ou "ponte". Após a passagem dos ombros e das costas sobre a fasquia, deve efectuar-se uma flexão das mesmas, executada pela cabeça, ao tocar o queixo no peito.
d) A fase descendente do voo, com as pernas elevadas, para favorecer a passagem destas sobre a fasquia, formando a posição mais favorável para a recepção ou queda em "L", cujo objectivo é prevenir lesões. O primeiro contacto deve ser feito com os braços afastados e descontraídos e, de imediato as costas, na totalidade, para amortecer a queda.
SALTO EM COMPRIMENTO
Na Antiguidade, os Gregos faziam o salto em extensão com cargas adicionais (pesos ou halteres) ou sem carga.
Em 1866, foi introduzida a tábua de chamada, com o objectivo de clarificar os resultados. Este facto terá marcado o início da evolução técnica do salto. A prova do salto em comprimento, com impulso, só foi incluída nos Jogos Olímpicos de Londres, em 1908; o seu vencedor foi o atleta americano F. lrons, com 6,48 m.
Identificação:
O salto em comprimento define-se como uma sucessão de movimentos coordenados para conseguir fazer um salto:
- com chamada a um pé, na tábua;
- o mais longe possível.
Por isso, nesta actividade desportiva é importante:
- ter velocidade e grande capacidade de impulsão;
- coordenar a corrida de balanço com as restantes fases do salto.
Regras:
- A pista de balanço deve ter, pelo menos, 40 m.
- A caixa de areia deve estar situada, pelo menos, a 1 m da tábua de chamada. A caixa deve ter 9 m de comprimento.
- A pista de balanço, a tábua de chamada e a caixa de areia devem estar ao mesmo nível.
- Sempre que um concorrente faça a chamada para além dos limites da tábua de chamada, o salto é considerado nulo, isto é, tentativa falhada.
- A medição do salto faz-se da marca mais próxima, deixada pelo saltador na caixa de areia, até à linha de chamada, perpendicular a esta.
- Num concurso com mais de oito participantes, cada um deles tem direito a três ensaios (saltos); os oito melhores e os empatados em oitavo lugar têm mais três ensaios suplementares. No final do concurso, se dois participantes têm o mesmo melhor salto, são separados pelas suas segundas melhores marcas, e assim sucessivamente.
- O tempo máximo para realizar uma tentativa é de 1 minutos e 30 segundos.
Técnica de salto:
Este salto divide-se em duas fases principais:
1 - a aproximação em corrida de balanço, com mudança de ritmo e de cadência nos três últimos passos, que finalizam com chamada rápida, devendo ser efectuada com força e óptima coordenação com a fase seguinte;
2 - aérea, voo ou suspensão, que termina com a queda ou recepção na caixa de saltos (areia).
Existem várias técnicas no salto em comprimento, sendo as mais utilizadas:
- a técnica de voo em extensão ou de passada;
- a técnica de voo de tesoura ou de corrida.
No entanto, é aconselhável a primeira por estar de acordo com o teu nível de desenvolvimento desportivo.
Um bom salto só é possível quando o praticante sabe fazer a ligação da capacidade física com a coordenação técnica, isto é, quando o praticante põe em prática:
- a coordenação da corrida de balanço com a impulsão para o salto;
- a fase do voo, ou área, com a queda.
Na técnica em extensão deves:
- elevar a perna livre para cima e para a frente, flectida;
- impelir a perna de impulsão para a frente, flectida;
- projectar as pernas para a frente ao mesmo tempo, com o tronco flectido e com os braços em oscilação em círculo, para a frente e para trás;
- realizar a recepção ou queda, na caixa de areia, com flexão dos joelhos, para facilitar o avanço do corpo à frente, e, simultaneamente, com projecção dos braços à frente.
TRIPLO SALTO
Há cerca de 2000 anos, os Celtas, nas suas festas populares, já praticavam com carácter competitivo saltos sucessivos, No início do atletismo moderno surgiu o triplo salto irlandês, em que os três saltos eram executados sobre uma perna. Depois apareceu o triplo-salto alemão, pela mão de Jahn, que consistia em passadas saltadas, esquerda-direita-esquerda.
Desde 1896, nos Jogos Olímpicos de Atenas, na Grécia, que as competições internacionais e nacionais exigem a sequência de salto esquerda-esquerda-direita ou direita-direita-esquerda.
Identificação:
o triplo-salto é considerado uma sucessão de movimentos coordenados, para conseguir fazer três saltos:
- chamada a um pé, o mais longe possível;
- o primeiro salto é ao pé-coxinho, o segundo é um salto na passada e o terceiro salto é engrupado para a "areia" - caixa de saltos.
Por isso, nesta actividade desportiva é importante:
- a velocidade e a agilidade, para a manutenção do equilíbrio do corpo;
- o sentido de ritmo;
- a força de salto e a flexibilidade, para suportar as sucessivas quedas e subidas nos três saltos, que devem ser desenvolvidas com ambas as pernas.
Regras:
- As instalações são idênticas às do salto em comprimento, excepto a tábua de chamada, que deve estar, em princípio, a 12 m da caixa de saltos ("areia"), podendo variar nas categorias mais jovens.
- No primeiro salto o atleta tem de fazer a recepção com o pé de chamada.
- No segundo salto o atleta tem de fazer a recepção com o outro pé.
- A medição do salto faz-se da marca mais próxima deixada pelo saltador na caixa de areia até à linha de chamada e perpendicular a esta.
- O salto é considerado nulo sempre que um concorrente faça:
• a chamada para além dos limites da tábua de chamada;
• um toque no solo durante o salto com a perna "morta".
- Num concurso com mais de oito participantes, cada um deles tem direito a três ensaios (saltos); os oito melhores e os empatados em oitavo lugar têm mais três ensaios suplementares. O tempo disponível para uma tentativa é de 1 minuto e 30 segundos.
- No final do concurso, se dois participantes têm o mesmo salto, são separados pelas suas segundas melhores marcas, e assim sucessivamente.
Técnica de salto:
Vamos abordar o triplo-salto em duas fases:
1.ª fase - Na aproximação à tábua de chamada, corrida de balanço e na preparação para a primeira chamada, deves:
- realizar uma velocidade horizontal, corrida de balanço;
- antes da chamada, elevar o centro de gravidade a uma altura favorável;
- executar a chamada com uma recepção "activa", sem barulho, e de
duração reduzida.
2.ª fase - Salto propriamente dito
No primeiro salto, ao pé-coxinho, deves:
- a seguir à impulsão, elevar a perna flectida para fazer a segunda chamada ou segundo apoio;
- fazer um amortecimento rápido e desenrolar o pé de forma flexível (tipo "mata-borrão").
No segundo salto, na passada, deves:
- Após o amortecimento, fazer a impulsão, auxiliada pela acção da perna de balanço e dos braços - execução alternada.
- Elevar a perna de balanço para a frente, flectida, para realizar o 3.° apoio.
No terceiro salto, engrupado, deves:
- Após o último apoio, elevar energicamente os braços, para cima e para a frente, para manter a posição do corpo bem alta a preparar a recepção ou queda na caixa de saltos (areia).
LANÇAMENTO DO PESO
A evolução da bola de ferro utilizada nesta modalidade, até à sua forma actual, deveu-se não só à influência dos regulamentos, mas também à evolução técnica. A partir de 1857, foi estabelecido um peso de bola de 7,257 kg e um diâmetro da área de lançamento de 2,135 metros.
Identificação:
O lançamento do peso é executado num círculo:
- com uma só mão;
- arremessando o peso o mais longe possível.
Por isso, nesta actividade desportiva é importante:
- a força rápida;
- o equilíbrio;
- uma técnica eficaz, com projecção do peso sob um ângulo apropriado.
Regras:
- O círculo de 2,135 m de área delimita o balanço. A antepara é em madeira e curva. O sector de recepção (queda) para os engenhos é delimitado por duas linhas, que fazem um ângulo de 40°; estas linhas não fazem parte do sector.
- Num concurso com mais de oito participantes, cada um deles tem direito a três ensaios (lançamentos); os oito melhores e os empatados em oitavo lugar têm mais três ensaios suplementares.
- No final do concurso, se dois participantes têm o mesmo melhor lançamento, são separados pelas suas segundas melhores marcas, e assim sucessivamente.
- A medição dos lançamentos só se verifica quando estes são válidos, isto é, quando caem dentro da zona de queda e sem faltas.
- Um lançamento válido é medido desde o ponto de queda (no bordo mais próximo da linha de círculo), ao bordo interior da antepara na linha do círculo.
As duas técnicas predominantes do lançamento do peso são:
- a técnica de costas, que surgiu em 1950, tendo sido criada pelo americano Parry O'Brien;
- a técnica com rotação, que apareceu em 1972, e o seu primeiro praticante foi o russo Barychnikov.
Lançamento do peso sem balanço:
Quer na técnica de costas quer na técnica com rotação, verificam-se duas fases: a de balanço e a de lançamento propriamente dito ("arremesso").
A segunda fase é comum nas duas técnicas, ao nível de movimento.
Por isso, deve-se primeiramente abordar a segunda fase: o lançamento propriamente dito (arremesso), isto é, lançamento sem balanço (engenho de ¾ quilos).
Lançamento do peso: técnica de costas:
Para um lançamento do peso com balanço, é fundamental unir a força com a técnica. Esta condição pressupõe um reforço muscular, quer ao nível dos membros superiores e inferiores quer ao nível do tronco e da cintura.
Deves:
- manter a posição de pé, no limite posterior do círculo, costas na direcção do lançamento, com o engenho fixado pelos dedos, o pescoço e o maxilar inferior;
- assegurar que o pé da mão lançadora sustenta o peso do corpo, enquanto o outro faz uma grande flexão, com o corpo inclinado à frente;
- realizar o deslizamento-impulsão da perna do lado da mão lançadora, com saída do solo na parte anterior, e por um balanço, com movimento rasante da perna livre para trás, na direcção do lançamento;
- ser rigoroso na posição de lançamento - esta fase é determinante para a aceleração do engenho no "arremesso";
- realizar o lançamento ("arremesso");
- efectuar a troca de pés e equilíbrio.
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